quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Teto de vidro: plenário da Câmara absolve a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF)

Nas duas últimas semanas, os jornais estão noticiando o processo de cassação de Jaqueline Roriz que baseia-se em uma gravação em vídeo onde, na época, a candidata à deputada distrital, aparece recebendo dinheiro do operador do esquema de propina no governo do DF, Durval Barbosa. A fita com as imagens só foi divulgada este ano, levando o PSOL a pedir ao Conselho de Ética da Câmara a abertura de processo de cassação.
O relator do processo no Conselho de Ética, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), fez um parecer, que foi aprovado, favorável à cassação do mandato de Jaqueline Roriz. Sampaio usou como argumento que as imagens mostradas este ano mancharam a imagem da Câmara e, portanto, a deputada ferira o decoro parlamentar.

O “bom dia brasil” noticiou este fato e enfatizou que a maioria dos discursos dos parlamentares que usaram a tribuna, foram de repúdio ao ato praticado pela colega parlamentar. E apenas um em defesa. O advogado José Eduardo Alckmin adotou como tese da defesa que fatos anteriores ao mandato não caracterizam quebra de decoro. (Agência Brasil).

O curioso e contraditório, mas não surpreendente, foi que o plenário da Câmara acabou absolvendo a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), por 265 votos contra 166 e 20 abstenções, no processo de cassação por quebra de decoro do mandato da parlamentar do Distrito Federal (DF).

Durante seu discurso de defesa na Câmara, no início da noite desta terça-feira, a deputada federal chorou e afirmou ter a “certeza de que irá resgatar sua capacidade política”. (Este trecho, apesar do choro da deputada, acaba sendo cômico) “O juiz político de meus atos é um só: os eleitores de Brasília... Em 2006 [época da gravação do vídeo], eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária publica. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética do Parlamento”, afirmou Jaqueline em sua defesa. Jaqueline ainda culpou a imprensa pelo escândalo. “A imprensa divulga em letras garrafais a suposta irregularidade. A minha inocência, entretanto, foi citada apenas em algumas meras notas de jornais”, reclamou. (Band.com).

No comentário de Alexandre Garcia, que concordo plenamente, ficou claro o possível temor dos deputados, em um futuro não distante, de estarem no lugar da “colega”, daí a opção por arquivar este caso. É bom alertar que os juízes político desta deputada (os eleitores de Brasília) não souberam julgar. Pois um candidato tem que ter como premissa principal, e mais importante, a honestidade. Se antes de ser deputada, como ela mesma afirmou, foi desonesta, qualquer dia destes, não seria surpresa se ela fosse notícia novamente "estrelando" uma filmagem denunciando esquemas fraudulentos.

Referência: http://www.diarioonline.com.br

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